Descrever a filosofia medieval é descrever um fenômeno complexo. Primeiramente porque não podemos pensar que a única filosofia produzida durante a Idade Média seja a cristã. O pensamento árabe ou judaico não é menos importante nem menos profundo do que o pensamento cristão. Essa simples constatação implica não apenas que consideremos a origem e o desenvolvimento de cada uma dessas formas, mas também que possamos identificar as possíveis influências e fontes comuns. Do ponto de vista histórico, esse estudo passa inevitavelmente pelo reconhecimento de que a transmissão do saber é um fenômeno que acompanhou a história política das instituições.