1. INTRODUÇÃO A demanda atual por corantes naturais está aquecendo o mercado da cultura do urucum no Brasil. O Urucum (Bixa orellana L.) é um vegetal lenhoso arbustivo, perene, da família das bixáceas, originária das regiões úmidas da América equatorial e atlântica (Haag et al., 1992). Apresenta frutos ovóides encapsulados, indeiscentes, protegendo os grãos de pigmentação avermelhada, que são ricos em carotenóides, principalmente bixina e norbixina (Mantovani et al., 2013). Entre as principais utilidades apresentadas pelos grãos de urucum, destacam-se a produção de coloríficos e a extração de corantes lipossolúveis para a indústria de alimentos. Além de que o urucum é amplamente utilizado pelos segmentos de farmácia, perfumaria, cosmético e medicinal, devido a grande quantidade de lipídios 11 geranilgeraniol e tocotrienol encontrados em suas sementes (SNA, 2015). Segundo dados da Sociedade Nacional de Agricultura, referentes ao ano de 2015, o Brasil foi responsável por 57,0% da produção mundial de grãos de urucum, com uma estimativa entre 12.000 e 16.000 toneladas anual, com destaque para os estados de São Paulo, Rondônia, Pará e Paraná, destacando-se como os principais centros produtores.