Originalmente, a cirurgia dos seios paranasais convencional tinha como objetivo a drenagem de secreções sinusais e a remoção da mucosa doente dos seios. O método utilizado visava a ressecção da concha média, exenteração completa do labirinto etmoidal e grande antrostomia do meato médio, porém, a olho nu, os principais procedimentos endonasais provaram-se inseguros. Tais procedimentos foram abandonados em favor de procedimentos cirúrgicos com acesso externo aos seios paranasais, como sinusectomia transoral de Caldwell-Luc e etmoidectomia externa. Em 1901, Hirschamnn usou um cistoscópio para visualização dos seios paranasais, mas foi Messerklinger o primeiro a desenvolver e estabelecer o diagnóstico endoscópico da parede lateral do nariz. Seus estudos do início da década de 50 do século passado demonstraram que a maioria das doenças dos seios maxilar e frontal era originada indiretamente por doenças dos estreitos espaços da parede lateral do nariz e etmóide anterior. Messerklinger observou que erradicando a doença do etmóide anterior, através de procedimento endoscópico restrito e conservador, havia recuperação da mucosa doente adjacente e dos seios paranasais em poucas semanas, sem necessidade de abordar diretamente os seios paranasais. Esta idéia mudou radicalmente o conceito da cirurgia dos seios paranasais já que não a remoção, mas a recuperação da mucosa sinusal doente através da restauração da ventilação e do transporte mucociliar através dos óstios naturais passou a ser o principal objetivo do procedimento.