As decisões das estruturas de capital, têm sido estudadas com o objetivo de verificar quais são as fontes de financiamento às quais as Pequenas e Médias Empresas recorrem para financiarem as suas necessidades. As PME são geradoras de oportunidades, nomeadamente, postos de trabalho e participam de forma muito positiva para o crescimento económico mundial, em particular de Portugal. Segundo um estudo divulgado pelo INE (2019), referente a estatísticas das empresas de Portugal em 2017, o setor empresarial era constituído por 1.242.693 empresas não financeiras, onde as PME eram representadas por 1.241.549 empresas cerca de 99,9%. O volume de negócios das empresas não financeiras abrangeu 371.478 milhões de euros, tendo as PME gerado 59,8% e as grandes empresas 40,2%. A criação de postos de trabalhos que as PME geram ao longo do ciclo de vida, tem sido com grande dificuldades pois, a medida que o tempo passa, as PME deparam-se com problemas de financiamento, limitações no acesso ao crédito bancário com taxas de juros baixas, bem como a falta de apoio por parte do Estado, no sentido de criar condições que favoreçam ou simplifiquem as PME para obterem créditos com maior facilidade (Correa et al. 2013; Pandula, 2015). Partindo do pressuposto que os mercados são perfeitos, conforme Modigliani & Miller (1958), ou seja, todos os participantes do mercado têm acesso a toda a informação, desta forma, as PME não teriam dificuldades de obterem financiamento externo e nem os credores fariam muitas exigências ao concederem crédito as PME. No entanto, na prática, é totalmente diferente da ideia seminal de Modigliani & Miller (1958), porque as PME apresentam caraterísticas diferentes das grande empresas, como por exemplo nível de risco elevado, e o acesso a informação é restrita. Este nível de risco das PME implicaria o incumprimento dos compromissos para com o financiador. É assim que, a exemplo de Nakamura et al. (2007), os investigadores têm estudado com maior frequência qual é a estrutura ótima da empresa. Neste sentido, para a hierarquização na seleção de fontes de financiamento os estudos baseiam-se na teoria da pecking order e para um nível ótimo/objetivo de endividamento a teoria mais abordada é a teoria do trade off (Rocha, 2001; Amaya, 2015). Além disso, na definição da estrutura de capital, esta leva em conta outro tipo de teorias, nomeadamente: a teoria da agência, a teoria do ciclo de vida e a teoria dos sinais. No entanto, este estudo baseia-se na teoria do trade off e na teoria da pecking order