Quem trabalha na área da saúde, nomeadamente na área hospitalar, sabe que a Medicina Interna é a especialidade médica, por excelência, das parcerias clínicas entre outros especialistas e entre médicos e outras profissões da saúde. É a especialidade que promove a visão integradora das características fisiológicas e patológicas do doente. É também a especialidade médica com um papel incontornável no custo-efetividade das intervenções em saúde porque é a especialidade que está em todos os hospitais do país e está diretamente relacionada, nomeadamente, com grande parte dos dias de internamentos, reinternamentos e ganhos em saúde. Também estaremos de acordo que, para um Serviço de Medicina Interna, é fundamental: – Assegurar a prestação de cuidados de qualidade; – Melhorar a articulação e comunicação entre o Serviço de Medicina e os centros de saúde, unidades de saúde familiares e restante comunidade; – Otimizar o planeamento de alta, articulado com a EGA; – Gerir os recursos afetos ao serviço de forma eficaz; – Dar continuidade ao desenvolvimento dos projetos direcionados para o doente dependente e família; – Continuar a desenvolver a formação em serviço, entre outros aspetos. Ora, é neste âmbito e nesta “missão” que o enfermeiro deve ser entendido como um elemento estruturante da equipa de saúde, pelo conjunto de conhecimentos, capacidades e atitudes que detém.