“Porque ser médico não é apenas examinar, diagnosticar, receitar, corrigir, remediar, cobrar honorários. É igualmente confortar, consolar, encorajar, assistir com desvelo e carinho na hora trágica do desespero. É dispender perdulariamente com os outros os tesouros de ternura e compreensão que a natureza destina avaramente às alegrias do lar, à felicidade dos seus. E ser médico de meninos é investir-se num apostolado de bondade cujo ponto mais alto é fazêlos esquecer o infortúnio de não terem muitas vezes um lar, a desdita da ausência materna na doença e na dor, o desconsolo do abandono e da tristeza na enfermaria, quando lá fora outras crianças cantam a alegria do céu azul e do sol nascente, na garrulice despreocupada e feliz da saúde em toda a plenitude da vida