Confrontada com a evidência universal de um problema de saúde pública, devido a reduzida segurança dos cuidados de saúde prestados aos doentes, a quinquagésima quinta Assembleia Mundial da Saúde, em 2002 aprovou uma resolução (WHA55.18) exortando os países a aumentar a segurança dos cuidados de saúde e os seus sistemas de monitorização. A resolução também solicitou que a OMS assumisse a liderança no estabelecimento de normas e padrões globais e apoiasse os esforços dos países na preparação de políticas e práticas de segurança. Em Maio de 2004, a quinquagésima sétima Assembleia Mundial da Saúde, aprovou a criação de uma aliança internacional para a melhoria da segurança do doente de forma universal, e a Aliança Mundial para a Segurança do Doente foi lançada em Outubro de 2004. Pela primeira vez, dirigentes de agências, decisores políticos e grupos de doentes de todo o mundo, reuniramse para avançar com a concretização da meta "Primeiro, não fazer mal" e com a redução dos efeitos adversos dos cuidados de saúde não seguros. O objectivo da Aliança é promover o estabelecimento de políticas e de práticas clínicas seguras. Assim, concentrou as suas acções em campanhas de segurança centradas no doente, designadas por “Desafios Globais para a Segurança do Doente”, na coordenação do programa de integração dos doentes como parceiros na Segurança do Doente, no desenvolvimento de uma taxonomia padrão, na concepção de ferramentas para uma política de investigação e avaliação, na identificação de soluções para a segurança do doente, e no desenvolvimento de relatórios e iniciativas de formação que visem a produção de orientações para "a melhor prática". Em conjunto, estes esforços podem vir a salvar milhões de vidas, através da melhoria de cuidados básicos de saúde e da contenção no desvio de recursos de outras áreas produtivas.