A Extensão rural, no Brasil, tem atravessado fases diversas em termos de concepção filosófica, abordagem empírica, organização e trabalho de campo desde a sua introdução no início do século. Embora a ação extensionista tenha precedido à análise e à conceituação do fenômeno extensionista, vários encontros, seminários e dissertações universitárias têm contribuído para o desenvolvimento de uma preocupação científica em Extensão rural. Isto tem sido possível, sobretudo, por causa da acumulação dos dados e análise dos resultados de aspectos tais como a adoção de tecnologias — processo, fatores adjuvantes, pontos de estrangulamento — problemas do pequeno produtor e sua crescente marginalização, mulher rural, fenômeno da migração e êxodo rural, meios de comunicação de massa, estudos avaliativos dos programas de treinamento de mão-de-obra rural, cooperativismo e outros problemas que direta e indiretamente afetam o homem do campo. Sem dúvida, a pesquisa na ciência social é relativamente nova comparada com aquela desenvolvida nas ciências exatas e biológicas. Mais recentes ainda são as investigações no campo específico da Extensão rural. Com o início dos cursos de graduação e de pós-graduação em Extensão rural no país, a metodologia de pesquisa tornou-se parte integrante do programa de ensino na maioria das universidades onde tais cursos eram implantados. Nessas instituições, em geral, a disciplina de metodologia da pesquisa é orientada para a elaboração da monografia científica e dissertação de mestrado, e os manuais consultados são da área de ciências sociais. A pesquisa em Extensão tem sido importante tanto para o desenvolvimento do caráter científico da disciplina de Extensão rural como para a promoção racional e sistemática da atividade extensionista. Entretanto, há falta de um manual de métodos de pesquisa adaptado à área de Extensão rural.