O presente estudo trata da ação política dos movimentos armados de libertação de Angola – nomeadamente a FNLA, o MPLA e a UNITA, que disputaram o poder durante o atribulado processo de transição política naquele país africano, iniciado em 1974 –, assim como da política externa do Estado angolano liderado pelo MPLA, que criara, na década de 60, o Departamento de Relações Exteriores para busca de apoio e reforço da ação diplomática contra a política colonial do Estado Novo português, numa fase em que a FNLA era reconhecida por vários países do continente africano. Outro tema deste estudo é o empenho político dos movimentos de libertação, através das suas delegações e colaboradores no exterior, no sentido de obterem apoios e serem reconhecidos internacionalmente como os representantes legítimos das populações angolanas.