O autor vem a propor, criativa e provocadoramente, como ele mesmo reconhece, uma nova ciência, ou talvez um ramo da “ciência” das relações internacionais: a “internacionametria”, uma tentativa de quantificar e formalizar, com a ajuda do ferramental especializado da matemática e da econometria, os fenômenos mais correntes da política internacional. Poder e dominação são dois fenômenos típicos das relações sociais, e também das relações estatais, que estão sempre presentes em qualquer sistema político, nacional ou internacional, e que permeiam qualquer nível de análise e de reflexão sobre os mecanismos de funcionamento das sociedades e dos Estados membros da comunidade internacional. Numa paráfrase, poder-se-ia dizer que o autor possui um imenso poder de síntese – o que aliás transparece na proliferação de citações e referências autorais – e uma capacidade exemplar de dominar o campo que ele se propôs examinar teoricamente, atributos que vão determinar a permanência estrutural de sua obra e sua provável transmutação em paradigma analítico da academia brasileira nesse campo de reflexão ainda relativamente rarefeito em nosso ambiente universitário
