A língua portuguesa tem origem na modalidade coloquial do latim conhecido como latim vulgar. Foram os soldados e os emigrantes, vindos de Roma para colonizar a Península Ibérica, que trouxeram consigo a sua língua e a transmitiram às populações locais. Depois dos romanos, chegaram os povos do norte da Europa e, e mais tarde, os árabes do norte de África. As línguas que estes povos trouxeram para a Península Ibérica entraram em contacto com modalidades evoluídas de latim e contribuíram para a formação daquilo que é hoje a língua portuguesa. A influência das línguas germânicas do norte da Europa e do Árabe é visível no léxico de uso corrente: palavras como trégua, luva, sopa são de origem germância e a grande maioria de palavras que começaram por al- como almôndega eram originalmente árabes. Outros exemplos de palavras de origem árabe são: armazém, azeite, açúcar, cenoura, chafariz, oxalá. Durante os séculos que se seguiram outras línguas deram (por via direta ou indireta) palavras à língua portuguesa. Quando os Romanos chegaram à Pensínsula Ibérica em 206 a.C., dividiram-na em duas províncias: a Hispânia Citerior e a Hispânia Ulterior. Durante o reinado do Imperador Augusto (27 a.C. - 14 d.C.), a Hispânia Ulterior é subdividida em Baética e Lusitânia. A Baética abrangia a atual província da Andaluzia e a parte sul da Estremadura e a Lusitânia correspondia à área presentemente ocupada por Portugal e ainda uma parte da Estremadura espanhola. Em 216 d.C., o Imperador Caracala atribui o estatuto de província autónoma à Hispânia Citerior, que passa a ser conhecida como Galécia. A partir do século V começaram a chegar à Península povos germânicos oriundos do norte da Europa. Os Alanos ocupam a Lusitânia e os Suevos a Galécia, sendo Braga a capital do seu reino.