O vírus da Síndrome Respiratória Aguda Coronavírus 2 (SARS-CoV-2) causador da doença COVID-19 foi relatado pela primeira vez na cidade de Wuhan, na China. O SARSCoV-2 é transmitido através de gotículas respiratórias e/ou fluidos corporais, pelo contato direto com sangue infectado e contato direto com superfícies contaminadas (MELIANRIVAS et al., 2020; OFFNER et al., 2020). A propagação da doença COVID-19 provocou ampla inquietação na comunidade científica nacional e internacional e evoluiu de forma rápida para uma crise de saúde pública, onde foi imprescindível aplicar medidas de prevenção, identificação e gestão para impedir sua disseminação (ATHER et al., 2020). É recomendado que toda a população e, principalmente os profissionais da saúde façam o uso de álcool em gel para higienização das mãos, procedam à lavagem correta das mãos e antebraços, usem máscara de proteção corretamente e mantenham o distanciamento social (DEREK et al., 2020) como as principais medidas de prevenção e controle da doença. A COVID-19 tem sido relatada como uma doença letal e com piores desfechos em pacientes com idade avançada e que apresentam comorbidades como: doença cardíaca crônica, diabetes, doença pulmonar crônica não asmática, doença renal crônica, doença hepática ou obesidade (CALISKAN & SAYLAN, 2020). A doença se torna mais letal nesses pacientes, pois, vírus SARS-CoV-2 tem afinidade com a enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) humana, ligando-se ao seu receptor, quando a proteína é ativada pela protease transmembrana serina 2 (TMPRSS2). A ECA2 é expressa nas células alveolares tipo II no pulmão, além de ser liberada no músculo cardíaco quando o sistema renina-angiotensina é ativado de forma excessiva, como em casos de doenças cardíacas. Essa enzima também é expressa no epitélio intestinal, endotélio vascular e rins. Por isso, em pacientes com alguma morbidade os sintomas da COVID-19 são mais severos levando ao óbito, pois a ligação do vírus a essa enzima causa uma infecção, tendo falência múltipla dos órgãos (ASKIN et al., 2020). Em pacientes obesos há um desequilíbrio metabólico pré-existente que é exacerbado pela diabetes e hipertensão. Tendo maior comprometimento do sistema renina-angiotensina.