É necessário avaliar a fertilidade do solo para caracterizar sua capacidade em fornecer nutrientes para as plantas, identificar a presença de acidez e elementos tóxicos, orientar programas de adubação e correção do solo e escolher espécies ou variedades mais adaptadas ao cultivo em uma determinada área. Para fazê-la, podem ser utilizados métodos químicos, biológicos, plantas nativas indicadoras, desenvolvimento das plantas, coloração do solo etc. O método de análise química é o mais abrangente e econômico. A análise química do solo é feita em várias etapas: coleta da amostra no campo, encaminhamento ao laboratório, preparo, extrações e determinações analíticas. Embora seja a mais simples, a amostragem é a operação mais importante, pois uma pequena quantidade de solo recolhida deve representar as características de uma grande área. Vejamos o exemplo: é encaminhada ao laboratório uma amostra de 500 g de terra, representando 5 ha, da qual são tomados 10 g para análise. Ora, considerando que a camada de 0-20 cm de lha pesa aproximadamente 2.000 t (tomando-se uma densidade de 1,0 g/cm³), conclui-se que a amostra final efetivamente analisada corresponde a 1 bilionésimo da área amostrada. Portanto, os procedimentos para a amostragem devem ser rigorosos, pois as análises laboratoriais — etapa mais sofisticada, do ponto de vista operacional e instrumental — não corrigem as falhas de uma coleta deficiente no campo. Salienta-se, ainda, que uma amostragem mal executada pode induzir a posteriores erros na interpretação do resultado da análise, com o conseqüente comprometimento técnico e econômico de um programa de adubação e correção do solo. Este trabalho apresenta instruções para amostragem de solos cultivados com culturas anuais (sob plantio convencional e direto), culturas perenes, pastagens/capineiras e de várzeas, visando atualizar, com os novos conhecimentos adquiridos, o Boletim Técnico n° 1 , publicado em 1975. ¹ IGUE, K. Instruções técnicas para amostragem de solo. Londrina, IAPAR, 1975. 18p (IAPAR. Boletim Técnica