“Aumenta o consenso em torno da convicção de que o manejo e a produção do conhecimento constituem a mais decisiva oportunidade de desenvolvimento.” (Demo, 2002:10) A actual sociedade do conhecimento em que vivemos oferece-nos uma variedade de opções para a formação e educação. Com a emergência e expansão das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTIC) no nosso quotidiano, testemunhamos um novo contexto de aprendizagem. Segundo Vieira (2010:1), “é cada vez maior o acesso a uma série de ferramentas tecnológicas que, além de estarem ao serviço da comunicação, também têm sido incorporadas em âmbito educacional”. A introdução e a disseminação das Novas Tecnologias da Informação e Comunicação no ensino não só configuraram novos modelos de aprendizagem, como também tem vindo a proporcionar mais oportunidades de acesso à educação, sobretudo a cursos de nível superior, de curta e média duração, de aprendizagem ao longo da vida, em diversas instituições de ensino. Depois da sua adesão ao “processo de Bolonha”, a Universidade Aberta de Portugal, na sua reforma curricular, concebeu um modelo pedagógico virtual próprio (Pereira et al, 2007) no qual, segundo Garrison (2000), “entre outros aspectos, teve em conta a formação de populações adultas, geralmente integradas no mercado de trabalho e/ou geograficamente dispersas. Se a questão dos significativos constrangimentos geográficos aliada a uma tentativa de chegar a um número significativo de estudantes constitui, de facto, uma das preocupações essenciais na educação a distância durante o século XX, em termos de estratégias organizativas das universidades, os avanços das tecnologias de informação e comunicação, ocorridas sobretudo na última década deste século, vieram abrir novas possibilidades.