A premissa que acompanha a presente obra é sobremaneira simples e objetiva: as organizações administram recursos escassos. Como decorrência lógica, a gestão acurada repousa na determinação das alternativas para acesso a recursos, bem como para a eliminação de desperdícios em sua utilização, consubstanciando modos de angariar vantagem competitiva – na esfera privada – ou expressões do binômio eficiência/economicidade – na esfera pública. Ao nos voltarmos à administração de recursos materiais – espécie no gênero dos recursos organizacionais – vêm à baila a multiplicidade de processos envolvidos, que guardam expressiva transversalidade no âmbito das instituições. Gestão de estoques, compras, guarda e acondicionamento de bens, distribuição e administração patrimonial moldam o cerne de uma das principais atividades-meio de órgãos e entidades públicos, basilar ao bom desempenho institucional. Em que pese o destaque da gestão de recursos materiais e patrimoniais em órgãos públicos, evidencia-se expressiva lacuna na produção didática ou científica voltada ao tema – a exceção refere-se às análises inerentes às licitações e aos contratos administrativos que, mesmo assim, guardam não raramente cunho jurídico, olvidando aspectos administrativos da atividade.