Na condição de uma pessoa que veio a Cristo depois de vários anos de ceticismo, tenho uma afeição particular pelos livros de apologética cristã. Eles são uma das minhas paixões. Existem muitas provas conclusivas que garantem a confiabilidade das Escrituras, a autoridade da Bíblia como Palavra de Deus inspirada e a perfeição do registro bíblico dos eventos históricos que retrata, incluindo a vida terrena de Jesus Cristo. Há provas incontestáveis e convincentes de que o cristianismo é a única religião verdadeira, que o Deus trino que se revela em suas páginas é o único Deus do Universo e que Cristo morreu pelos nossos pecados para que pudéssemos viver. É claro que as provas não substituem a fé, que é essencial para nossa salvação e comunhão com Deus. O estudo apologético também não desrespeita a nossa fé. Em vez disso, a enfatiza, qualifica, reforça e renova. Se não fosse assim, a Bíblia não diria "Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês" (IPe 3.15). Não tenho fé suficiente para ser ateu é o melhor livro que já vi capaz de preparar os crentes para darem as razões de sua fé e para os céticos que estão abertos à verdade. Este livro servirá como uma ferramenta indispensável de evangelização, especialmente quando se lida com não-cristãos que colocam obstáculos "intelectuais" diante da fé. Como sabemos, os obstáculos intelectuais normalmente são apenas uma desculpa para os não-cristãos, mas, quando se remove a essência de suas desculpas, ficam desprotegidos para confrontar seus obstáculos reais, seus verdadeiros demônios. Creio que existe outra razão importante para o mandamento bíblico "estejam preparados para responder". Não é simplesmente para nos ajudar a comunicar de maneira eficiente o evangelho, mas para equipar-nos com as ferramentas adequadas para resistir a certas dúvidas persistentes que encontramos nos momentos de fraqueza. Isso fortificará a nossa fé porque reunirá provas a favor do cristianismo. Sem dúvida, precisamos estar mais bem equipados com as evidências, seja para nos ajudar a evangelizar de maneira melhor, seja para fortalecer a nossa própria fé. Como se já não bastasse termos de lidar com as tentações da carne, também somos confrontados diariamente com influências externas negativas. Essas influências ficaram cada vez mais sinistras e insidiosas nos dias atuais, como a Bíblia advertiu que aconteceria. No passado, a dúvida dos não-cristãos era se o cristianismo era a única religião verdadeira, se alguma das outras religiões era verdadeira ou se Deus existia. Mas, de maneira geral, eles não estavam sobrecarregados pelo fardo de determinar se havia a assim chamada verdade. Nossa cultura pós-moderna apresenta uma série de idéias sobre a verdade. Ela ensina que a verdade e a moralidade são relativas, que não existe essa coisa de verdade absoluta. Para a elite intelectual que domina as nossas universidades e os principais meios de comunicação, essas idéias são consideradas sábias e progressistas, embora todos compreendamos intuitivamente que existe uma verdade absoluta e, mais importante, que todos conduzimos nossa vida baseados nesse reconhecimento.