A 1 s colinas onduladas no sudeste de Oklahoma se estendem desde Norman até o Arkansas e exibem poucas evidências dos enormes depósitos de petróleo cru que um dia estiveram sob elas. Algumas velhas estruturas de extração de petróleo salpicam a zona rural; as ativas se movimentam, bombeando poucos litros a cada giro vagaroso e fazendo com que algum passante pergunte se o esforço vale mesmo a pena. Muitas simplesmente desistiram e permanecem imóveis na paisagem, como lembranças corroídas dos gloriosos dias de poços jorrando, especuladores e fortunas instantâneas. Há estruturas espalhadas pelas áreas agrícolas ao redor de Ada, uma velha cidade petrolífera de dezesseis mil habitantes, com uma faculdade e um tribunal de condado. Mas elas estão paradas: o petróleo acabou. Atualmente ganha-se dinheiro em Ada por hora, em fábricas, moinhos de ração e fazendas de noz-pecã. O centro da cidade é um lugar movimentado. Na Main Street não há prédios vazios nem com janelas cobertas por tábuas. Os comerciantes sobrevivem, ainda que boa parte dos negócios tenha se mudado para os arredores da cidade. Os restaurantes ficam lotados na hora do almoço. O Tribunal do Condado de Pontotoc é velho, apertado, abarrotado de advogados com seus clientes. Ao redor fica o amontoado usual de prédios oficiais e escritórios de advocacia. A cadeia – um abrigo antibombas atarracado e sem janelas –, por algum motivo, foi construída no gramado do tribunal. O flagelo da metanfetamina a mantém cheia.