Neste trabalho, iniciamos discorrendo primeiramente sobre o Círculo de Viena e seu principal intuito: a demarcação entre ciência e não-ciência. Em sua busca, o Círculo sempre pretendeu descartar o que não tinha correspondência com o mundo empírico e, portanto, dessa forma, descartava a Metafísica. Popper não concordava com as idéias positivistas. Primeiro ele faz um ataque mordaz à Indução e, depois defende seu método lógico científico, o qual julgava ser capaz de ajudar a delimitar claramente ciência de não-ciência. Popper procura demonstrar que o erro empirista é pretender que a verificação seja a ferramenta principal para tal procedimento. Ele, contrariamente, afirma ser a falsificação o verdadeiro demarcador e apresenta seus motivos para essa afirmação. É no segundo Capítulo que podemos perceber a transformação do papel da Metafísica na filosofia de Popper. O leitor poderá perceber a diferença de pensamento entre o primeiro Popper da Lógica da Pesquisa Científica (1934) e o segundo Popper de Conjecturas e Refutações (1963), Conhecimento Objetivo (1972) e do Pós-Escrito (1983). O segundo Popper não mais se preocupava em delimitar claramente a ciência da não-ciência. A Metafísica, que antes parecia carecer de importância à formulação de leis cientificas, agora, para ele, tem um papel muito diferente e é essa mudança de papel que procuramos demonstrar neste trabalho.